quinta-feira, 29 de maio de 2014

O teu rosto



Onde os outros puseram a mentira
Ficou o testemunho do teu rosto
Puro e verdadeiro como a morte

Ficou o teu rosto que ninguém conhece
O teu desejo sempre anoitecido
Ficou o ritmo exacto da má sorte
E o jardim proibido.


Sophia de Mello Breyner Andresen
in ‘’Mar Novo - I e II’ (1958)


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